sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

12:30, disciplina, mimimi, blablabla
ornitorrinco! A única coisa que eu consigo imaginar é um bicho fofinho e gordo, desengonçado e com um bico de pato (quase eu, há!).
Então, sono, mas enfim, é sobre o processo de modernização do Brasil. Que é uma coisa meio frankenstein, ornitorrinco.
E esses dias random do ipod tem sido uma coisa tão engraçada... tocou "Sweet Nurse" do Katatonia. E eu adoro Katatonia, mas é uma coisa tão funda e escura e pesada, tão alguns anos atrás...
Tão minhas unhas pretas e meus cabelos rosa e um cigarro atrás do outro. E achar que eu ia ser salva. Pois bem, não fui.
Não que eu não tenha sido porque a vida seguiu seu rumo, ou porque apesar de todas as boas intenções eu era mesmo um caso perdido. Eu não era.
Mas acho que porque no fundo, e talvez inconscientemente, as intenções não eram boas. A mão que eu segurava para sair do buraco, apenas me impedia de subir sozinha. Eu não precisava dela. Mas ela estava lá, então... como soltar? como arriscar sozinha se aquela mão estava lá, sempre lá? e eu me agarrava a ela cada vez mais e mais por medo de que se a soltasse eu despencaria em um abismo ainda mais profundo e me machucaria tanto que não poderia subir.
Mas na verdade eu cairia suavemente como Alice dentro da toca do coelho. Eu flutuaria e me agarraria a objetos estranhos e inusitados. Mas não, eu apenas me agarrava a inutil ilusão de que não podia sozinha, de que desmoronaria sozinha.
E a verdade é que eu não desmoronei... nem por um segundo, nem um milímetro. Eu engoli em seco e procurei lágrimas que não vieram. Nunca.
Então eu vi a luz, que o dono da mão vinha tampando, me mantendo sempre agarrada a ele. E juntando aqueles objetos inusitados da toca do coelho eu fui subindo. E lembra aquela musica "sempre mais forte do que eu..." quanta surpresa descobrir que eu sempre fui na realidade a mais forte!
Sempre tão mais forte...
"There's no greatest power than the power of goodbye..." (citar Madonna é picaretagem, mas é o sono e o ornitorrinco)





"o my sweet nurse
pull the curtain aside for a while
so that I can for once have
the sun in my eye
you smile and say
it's a fine day

o my sweet nurse
pull the curtain aside for a while

then like a ghost at night
you come around all dressed in white
talking to me
and so I have to drink
the water with your poison spilled
for no more will"



I'm writing my sleep away

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