sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Avec les temps tout s'en vas..."

Fevereiro de 2008. "Hell" foi o último romance que eu consegui ler aquele semestre (Balzac não conta, foi pro francês).
Eu li em uma semana, talvez menos, fascinada com tanto niilismo apesar da literatura pop.
Talvez não fosse fevereiro, mas março... ou quase março. Bom, era sábado a noite e eu estava em casa. Uma mensagem, duas mensagens, tres mensagens, você não respondia. Não queria me ver. Não queria. Foi março, um dia depois da festa.
Um dia depois de ter sido uma borboleta altamente alcoolizada caindo da escada. Uma noite depois de ter vomitado e deitado no chão frio e imundo do meu próprio banheiro.
Talvez algo não fosse bem, não me lembro mais... eu saia todo fim de semana, eu mal lembrava das minhas noites. Era menos auto-destrutivo de fato, eles estavam sempre lá, mas sobrios do que eu, tendo certeza de que eu chegava bem em casa.
Você não estava.
Jantei no japonês com a minha mãe. Terminei de ler Hell. Quis me convencer de que uma noite em casa e sozinha me faria bem. Mas eu queria você ou então queria não pensar. Queria sair, mais música, mais luzes, mais alcool. Cigarros talvez. Mas cigarros você reprovaria. E eu não queria na verdade, muito auto-piedade para o meu gosto.
Perto da meia noite eu deitei. E chorei me afogando nas minhas proprias lágrimas.

Mas no dia seguinte você voltou. E nesse atual mar de felicidade aquela noite parece irreal como a visão por trás de um copo de vodka.



E Hell, o filme, é bem mais ou menos.

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