quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ah, o cinema... Eu faço cinema. O que quer dizer que eu acordo alguns dias as 6:30 da manhã para sentar em uma sala e aprender sobre ele. Eu varo noites fazendo filmes, vendo filmes, escrevendo sobre filmes. Eu passei os dois meses do que seriam minhas férias debruçada sobre um filme.
Eu gosto de filmes, eu reconheço a importância, a relevância deles. Os vejo como arte, como algo importante e essencial. Mas bom. filmes não são vida.
Não no sentido, cinema não é realidade. No sentido cinema não é o ar que você respira e não é pra ser! Eu acho mesmo uma grande besteira gente comparando um filme a uma vida humana. Não, para mim um filme não vale uma pessoa e pode me chamar de moralista o quando quiser.
Eu vou abandonar o cinema, pelo menos o fazer filmes, assim que essa faculdade acabar, mas até lá eu tenho que aguentar. No entanto, muita coisa ainda é mais importante pra mim, mais importante na minha vida.
Deixando claro que eu sou uma pessoa "profissional", disciplinada. Minha mãe psicanalista chama isso de "superego interiorizado". Eu arco com o que me comprometo na medida em que posso. E em que vai de acordo com o que eu acho merecido e necessário.
E o que eu acho também é que muita dessa gente pra quem "cinema é a vida" não tem nada pra dizer. Aliás, eu não vejo ninguém que dá alguma bola para teoria (que é útil na medida em que te dá ferramentas para a interpretação do mundo) assim tão fissurado com fazer filmes. Nem ninguém que tenha ao menos uma opinião válida para expressar.
Eu cansei dessa mania, dessa fetichização louca do "fazer filmes.
E eu acho que se muita dessa gente tivesse alguma coisa melhor pra fazer (alguém, por exemplo) não ia achar fazer filmes uma coisa tão importante.

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